Esta semana tive a felicidade de ministrar um treinamento de PCP que evidentemente inclui no escopo Lean e TOC e fui surpreendido com a dúvida de um aluno e confesso que voltei uns 15 anos no tempo….
Ele perguntou se temos um gargalo pq não começamos aumentando a capacidade dele ao invés de subordinarmos a fabrica ao ritmo dele?
Eu confesso que várias vezes já tive esta dúvida e pelo menos na minha trajetória profissional a coisa ocorreu mais ou menos assim em várias empresas:
Eu estava em uma empresa em que as pessoas eram muito competentes e já conheciam seus processos, evidentemente poderiam sim melhorarmos, mas somente sendo eu muito leviano poderia achar que algo que já faziam a muito tempo desta forma, poderia ser melhorado do dia para a noite, entretanto reduzir a produção dos setores que não eram gargalos me parecia muito, muito mais fácil e assim venho fazendo a anos reverenciando o LEAN todos os dias que posso e um grande apaixonado pela teoria das restrições que apesar de menos famosa me emociona como aquela música da banda que gostamos que não é tão tocada mas para nós é a melhor.
Demonstrar que produzir mais rápido em setores que não são gargalos quase sempre é como jogar uma pessoa prestes a morrer de sede em um açude, a maior probabilidade é ela morrer afogada com o que ironicamente mais precisa, nesta parábola a água e na vida real a produtividade, mas utilizada de maneira inadequada fomenta o aumento do estoque em processo, horas extras para não deixar o setor parado, muitas vezes na busca de uma pseudo ocupação do setor.
Tenham certeza algumas interrupções no nosso ritmo desde que o gargalo não seja afetado na maioria das vezes nos arrancam alguns fios de cabelo, entretanto o estoque em excesso trará ótimos resultados locais e péssimos DREs e fluxos de caixa. Pense nisso e leiam a META se puderem…
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